Depois da estreia em 2016, este ano voltamos a Mol, na Bélgica, para participar no Campeonato do Mundo de Ciclocross Master.
A "comitiva" voltou a ser a mesma, com a excepção da ausência do Paulo Soares, que a poucas horas da viagem teve de abdicar da mesma, devido a questões pessoais de saúde familiar.
Desta vez organizamos a logística de forma diferente, o que nos permitiu treinar mais vezes no circuito da prova, que apresenta características muito, mas muito diferentes daquilo a que estamos habituados, principalmente no que toca às extensas e difíceis zonas de areia, e também ter a possibilidade de descansar um pouco melhor, evitando grandes deslocações.
Foram dias de ambiente e convivio espectaculares. O grupo já se conhece bem e é capaz de proporcionar bons momentos.
Desta vez já sabíamos ao que vínhamos e penso que isso reflectiu-se na forma com que todos abordamos a corrida.
O dia de prova amanheceu com muito frio, com temperaturas negativas a rondar os -1 e -2ºC durante a manhã e os 0 a 2ºC durante a tarde. Para mim, o mais difícil foi suportar o frio na ponta dos dedos das mãos, principalmente nas duas voltas inicais da prova, apesar de levar dois pares de luvas!
A ordem de chamada para a grelha de partida foi, tal como no ano passado, por sorteio, e uma vez mais o computador não foi simpático... Parti na ultima linha, com cerca de sessenta atletas na minha frente.
Optei por ir calmo na saída, já que o risco de ficar envolvido nalguma queda ou molhada era enorme. Mesmo assim, acabei por ter uma ligeira queda ainda dentro do primeiro quilómetro, sem consequências fisicas ou mecânicas, mas sempre com perda de lugares e alguns segundos, mas havia que seguir de "cabeça fria", procurando recuperar o máximo de posições possíveis e assim foi durante todas as seis voltas ao percurso.
Consegui ultrapassar outros atletas até à última volta, e finalizar a corrida no décimo quinto posto, o que me deixou bastante contente, tendo em conta o facto de partir tão de trás, que imediatamente coloca em causa a possibilidade de se conseguir chegar aos lugares dianteiros, pois com um pelotão tão numeroso é quase impossível evitar perda de tempo para os da frente durante a primeira volta devido ao tráfego...
A corrida e o título mundial na categoria Master 35/39 voltaram a ser conquistados pelo americano Matt Shriver da Trek Cyclocross Collective, ficando a medalha de prata para o checo Ondrej Zlený e a de bronze para o francês Laurent Spiesser (VCSCP).
Concluiram a prova 63 atletas.
Quanto aos colegas de aventura, Carlos "Beco" Queirós foi 57º na minha categoria. O campeão nacional Rúben Nunes foi 16º na categoria Master 30/34 e o António "Custóias" Moreira 24º no escalão 50/54.
Em prova estiveram também o Carlos Gomes, 33º Master 35/39 e o Vítor Lourenço, 46º 50/54.
Sem duvida que regressamos a Portugal mais enriquecidos com esta experiência e foi espectacular poder assistir à corrida dos profissionais no dia seguinte e encontrar e contactar pessoalmente com ídolos como Sven Nys, Niels Albert, Katie Compton, Aadrie Van Der Poel ou Ellen Van Loy.
As atenções viram-se agora novamente para as corridas nacionais e para o Campeonato Regional do Porto que se disputa já na próxima sexta feira, 8 de Dezembro em Santiago de Subarrifana, Penafiel.
Obrigado a tod@s pelo apoio e principalmente à minha família pela compreensão nos momentos em que estou ausente.
Classificação Master 35-39