Estes continuam a ser tempos marcados pela pandemia de COVID-19, mas, apesar das dificuldades, o Ciclismo continua a dar sinais de vida e este fim de semana tivemos em Melgaço o tão desejado arranque da Taça de Portugal de Ciclocrosse.
O Centro de Estágios de Melgaço, recebeu pelo quarto ano consecutivo a caravana nacional da modalidade, num fim de semana em que a chuva apareceu por diversas vezes, apesar de durante praticamente toda a manhã ter dado "tréguas". Apesar disso, algumas partes do percurso começaram a ficar bastante escorregadias e com lama.
Foto: UVP-FPC
Na corrida Master 40 alinhamos 16 dos 29 inscritos, sendo bastante notada a ausência dos corredores espanhóis, que talvez não tenham comparecido devido à necessidade de apresentação de um teste à covid realizado nas 72 horas anteriores à prova. Mesmo assim, alinharam dois, que acabaram por acrescentar bastante qualidade à corrida.
Dada a partida, arranquei bem e desde logo assumi a liderança. Nesses primeiros minutos consegui abrir alguma vantagem, mas acabei por ser alcançado à entrada da segunda volta pelo Israel Castañeda (Taymory - Ridley Team CX) que vinha com um andamento forte e passou para a liderança.
Foto: UVP-FPC
Tentei seguir com ele, mas aos poucos foi-se criando espaço entre nós até que perdi o contacto. Na terceira volta a diferença andaria já acima dos 20 segundos, reduzindo-se depois ao longo da ultima, onde tentei tudo para me aproximar, mas o esforço não foi suficiente e a vitória acabou justamente por ir para ele.
No terceiro lugar terminou outro espanhol, o galego Constantino Muñoz (Grupeta Pan de Zarico) .
Acho que foi uma corrida bonita de se ver, mas sem publico a assistir e a puxar por nós, o ambiente em prova torna-se estranho!
Obrigado equipa Rompe Trilhos /ajpcar e patrocinadores por todo o apoio e obrigado também à organização, Municipio de Melgaço, Associação de Ciclismo do Minho e Federação Portuguesa de Ciclismo por terem colocado de pé o evento.
Em tempos de pandemia e com o calendário nacional de XCM praticamente todo cancelado, sobrou a prova principal da temporada de Maratonas, o Campeonato Nacional, que manteve a sua sede inicialmente prevista, com Condeixa a acolher a prova, com partida e chegada junto ás Ruínas de Conímbriga.
Com todas as limitações impostas pelas autoridades para darem aval de autorização à realização da prova, esta acabou por ter de ser disputada num formato de circuito, com um percurso de cerca de trinta e cinco quilómetros, desenhado pelos Blackbulls pelos trilhos da serra do Sicó, que teria de ser percorrido por três vezes, totalizando cerca de 105km de extensão de prova, com uns respeitáveis 3300 metros de desnível acumulado de subida.
Na categoria de Master 40 alinhamos mais de sessenta corredores, com um forte lote de candidatos ás medalhas.
A corrida começou com um ritmo forte logo desde o arranque e na primeira subida mais dura o grande grupo ficou de imediato muito fraccionado devido ao forte ataque lançado pelo Nuno Inácio (Individual) que se viria a afirmar como grande dominador da prova, liderando de principio ao final e aumentando sempre a diferença para quem perseguia, para se sagrar Campeão Nacional após 4h46m de prova.
Na segunda posição, alcançando a medalha de prata, chegou o Tiago Lopes (Vasconha BTT Vouzela) e o António Pinto (SPAC BTT) ficou com a medalha de bronze.
Quanto à minha prova, desta vez a "estrelinha da sorte" esteve algo afastada... Logo com cerca de seis quilómetros percorridos tive um furo na roda traseira e assim andei cerca de quinze até à primeira Zona de Abastecimento, onde troquei de roda e retomei o andamento.
Aos poucos fui recuperando posições, mas na volta seguinte e com cerca de 50km de prova percorridos, um rasgo noutro pneu fez-me colocar um ponto final na minha participação.
Apesar de tudo, os meus parabéns para a organização, que desenhou um percurso, que além de ser exigente era também extremamente divertido e com passagem por locais bem interessantes!
Obrigado à equipa Rompe Trilhos - ajpcar e ao nosso espectacular staff por todo o apoio!
A pista de permanente de Cross-Country Olímpico do Centro de Alto Rendimento da Anadia, situada na localidade de Tamengos, nas imediações do centro termal da Curia, foi a sede do Campeonato Nacional de XCO 2020, um ano que já ficava na memória pelo momento que vivemos nas nossas vidas em tempos de pandemia, mas que agora também fica por ser o ano em que alcancei a minha primeira medalha de ouro em nacionais de BTT.
São sempre momentos especiais estes que se vivem em torno dos Campeonatos Nacionais. É a corrida que mais que outra qualquer todos querem vencer, mas tal como em qualquer outra, só um tem essa felicidade.
A nível de corridas nacionais, neste ano de estreia na categoria Master 40 e com todas as condicionantes que provocou a Covid-19, chegamos a esta prova com apenas duas Taças de Portugal realizadas. A primeira em Março, ainda antes de toda esta confusão, onde alcancei um segundo lugar em Vila Franca, depois de liderar boa parte da corrida, e a segunda Taça, disputada há duas semanas em Guimarães, onde alcancei o terceiro posto.
À chegada a este Campeonato Nacional, julgava ser realista a possibilidade de estar na luta por uma medalha, e sendo sempre um dia especial, quem sabia de a primeira vitória em provas de XCO a nível nacional também não poderia mesmo acontecer... E aconteceu mesmo!
Acho que consegui realizar uma corrida quase perfeita, sem grandes erros, liderando a mesma desde a segunda das cinco voltas que tivemos de percorrer ao circuito e aos poucos consegui ir aumentando a vantagem para o Marco Macedo e para Hugo Moreira que terminaram a prova na segunda e terceira posições respectivamente.
Apesar da prova ser vedada ao publico, foi muito bom sentir os incentivos e apoio das pessoas presentes no circuito, bem como a fundamental ajuda do staff da equipa, que não deixou que nada me faltasse antes, durante e após a prova. Obrigado a tod@s!
Não quero terminar sem agradecer também o apoio "dos do costume": Família, que me ajuda no dia-a-dia e ainda compreende as minhas ausências, treinador e amigo Miguel Moura, e os patrocinadores, que nos permitem ter as condições que temos para alinhar nas corridas e ainda felicitar os meus companheiros de equipa pelas respectivas prestações!
E por falar em corridas, a próxima é outro Campeonato Nacional, mas agora da vertente XCM (Maratonas), em Condeixa, no próximo dia 11.
Seis meses após a prova de abertura da Taça de Portugal de XCO em Vila Franca, Viana do Castelo, a segunda corrida desta competição realizou-se no na pista do Centro de Ciclismo do Minho, situado na freguesia de Souto Santa Maria, Guimarães, num dia marcado pelo calor, que veio acrescentar um pouco mais de dificuldade a um circuito que já de si bem exigente a nível físico.
Nesta época pandémica que atravessamos, a Federação Portuguesa de Ciclismo voltou a implementar o protocolo sanitário, que julgo ter sido uma vez mais bem acolhido e respeitado por todos os intervenientes na prova.
Quanto à corrida em si, de minha parte tenho de a dividir em duas fases. Nas duas primeiras voltas consegui manter um andamento forte, liderando e abrindo alguma diferença para os perseguidores, mas acabei por ser surpreendido por uma súbita e inesperada "marretada" durante a terceira volta.
Talvez devido ao calor. Talvez devido a uma má alimentação ou hidratação. Ou talvez devido ás duas coisas, o que é certo é que foi difícil manter-me em prova!
Com bastante sacrifício continuei, para tentar terminar. O final da terceira e a quarta voltas foram terríveis. Perdi a liderança para o Marco Macedo e mais tarde o segundo lugar para o Hugo Moreira, mas felizmente depois consegui segurar o terceiro lugar final, com o corpo a começar a responder um pouco melhor na última volta.
Depois do regresso à competição no Campeonato Nacional de XCE, foi bom regressar ao XCO e agora há que preparar a próxima corrida, que será o Campeonato Nacional, que há poucos dias mudou de Avis para Tamengos, na Anadia, e assim será ali que se vão disputar os títulos nacionais da vertente Olímpica do BTT.
A finalizar não posso deixar de agradecer todo o apoio da equipa e patrocinadores pelo apoio que não nos tem faltado!
Quase seis meses depois, regressamos ás corridas, neste ano completamente atípico, dominado pela pandemia da COVID19, que veio dar uma reviravolta nas nossas vidas.
Com todas as condicionantes inerentes à luta diária da nossa sociedade contra o vírus, também o Ciclismo teve de se adaptar a esta nova realidade diária, cheia de restrições ao contacto de proximidade entre pessoas e de medidas de higiene.
Nesse sentido, e nesta primeira fase de retoma da actividade desportiva, a Federação Portuguesa de Ciclismo deu prioridade ás provas mais individualizadas, surgindo daí esta primeira edição do Campeonato Nacional de BTT-XCE (Eliminator), que sendo disputado numa primeira fase de apuramentos para as semi-finais e finais através de um contra-relógio individual e depois com apenas quatro corredores em pista em cada uma das meias finais e finais, foi de encontro à necessidade de evitar grandes ajuntamentos a que estamos sujeitos desde há vários meses.
Quanto à prova em si, esta foi disputada no circuito permanente de Tamengos, localidade próxima da zona termal da Cúria, com um percurso desenhado com cerca de 1300 metros para esta prova de XCE.
Sendo um tipo de prova novo para a quase totalidade dos participantes, todos tiveram de se adaptar. De minha parte, esta foi a segunda experiência nesta vertente, que havia experimentado há alguns anos atrás num evento disputado em Vila do Conde.
No contra-relógio consegui alcançar o segundo registo na tabela de tempos entre os Master 40, conseguindo apurar-me para uma das meias-finais, onde depois consegui o apuramento para a final, disputada entre mim, o Miguel Ribeiro (Póvoa de Varzim/CDC Navais), o Afonso Ferreira e o Marco Anacleto (Strix Bike Team).
Ao contrário da semi-final, na corrida decisiva não consegui fazer um muito bom arranque, seguindo na terceira posição durante quase toda a prova, enquanto que na frente e aos poucos o Miguel,Ribeiro foi demonstrando que estava muito forte e foi ganhando espaço para o Marco Anacleto que seguia mesmo na minha frente. O Afonso Ferreira vinha em quarto.
Entretanto já na parte final do percurso, na aproximação ao Rock-Garden o Marco cometeu um erro e seguiu pela alternativa, o que me deixou caminho livre para agarrar a segunda posição e conserva-la até ao risco de meta, onde o Miguel Ribeiro venceu e o Afonso Ferreira, que também aproveitou o erro do Marco Anacleto, que na sequência do erro ainda acabou por ter uma ligeira queda, para segurar a medalha de bronze.
Foi uma boa tarde de corridas, com disputas bem interessantes e cheias de adrenalina, mas foi principalmente muito bom poder rever amigos e voltar a colocar o dorsal e alinhar numa corrida depois de tanto tempo de ausência.
Espero que agora, apesar de todos os cuidados que obviamente todos temos de ter, as coisas recomecem a entrar na sua normalidade e mais provas se possam realizar, sendo a próxima no próximo dia 12, marcando o regresso da Taça de Portugal de XCO, em Guimarães.
Com toda a actividade competitiva suspensa devido à crise provocada pela COVID-19, a Federação Portuguesa de Ciclismo emitiu um novo comunicado, face ao decreto do Estado de Calamidade que agora entrou em vigor.
Já vem sendo tradição, darmos inicio à temporada da Taça de Portugal de XCO em Viana do Castelo, com a visita a Vila Franca. Este ano foi a décima sexta edição desta prova, a sexta consecutiva que ali disputamos.
Foi num dia que domingo chuvoso que os mais de quatrocentos participantes, distribuidos pelas diferentes categorias, disputaram as respectivas corridas, enfrentando o habitual traçado natural nas encostas do monte de Roques, com subidas exigentes e descidas algo técnicas, também devido ao piso enlameado.
Sendo a minha estreia na categoria Master 40 em provas da Taça de Portugal, fui dos ultimos a ser chamado na grelha de partida, pelo que dado o sinal de inicio de corrida fui tentando chegar-me mais para os lugares da frente, o que fui conseguindo, até alcançar a frente da corrida a cerca de metade da primeira, das quatro voltas.
Aos poucos fui abrindo alguma vantagem, que aumentou um pouco mais na segunda volta, entrando para a terceira com uma relativa margem para a partir daí controlar a corrida.
Mas infelizmente a partir dessa altura comecei a ter problemas com a corrente da bicicleta, perdendo tempo e a liderança numa primeira queda da corrente.
Depois ainda voltei a encostar ao Campeão Nacional, Marco Macedo, que entretanto me havia ultrapassado, mas ainda na parte final dessa terceira volta a corrente voltou a cair, logo numa muito rápida, que fez perder muitos metros e tempo para o líder, mas forcei um pouco mais o andamento e na entrada da ultima volta, voltei a encostar à frente, só que não era mesmo o meu dia para vencer e a corrente voltou a cair, pela terceira vez, quando cheguei novamente à zona onde havia tido os primeiros problemas, acabando por aí com as possibilidades de lutar pela vitória.
Finalizei assim em segundo, alcançando o meu primeiro pódio na Taça de Portugal de Cross-Country Olímpico! Parabéns ao Marco pela vitória e ao António Viana pelo terceiro lugar!
Apesar dos percalços, saio desta primeira prova da Taça de Portugal motivado para continuar a dar o meu melhor!
Obrigado Cristina e Clara por toda a ajuda ao longo do fim de semana. Obrigado família, equipa e patrocinadores e a todos pelo apoio!
Parabéns aos restantes colegas da equipa Rompe Trilhos / Ajpcar pelos resultados, especialmente ao António Passos pela vitória nos Master 50 e ao Augusto Midão pelo segundo lugar em Master 30!