Quase seis meses depois, regressamos ás corridas, neste ano completamente atípico, dominado pela pandemia da COVID19, que veio dar uma reviravolta nas nossas vidas.
Com todas as condicionantes inerentes à luta diária da nossa sociedade contra o vírus, também o Ciclismo teve de se adaptar a esta nova realidade diária, cheia de restrições ao contacto de proximidade entre pessoas e de medidas de higiene.
Nesse sentido, e nesta primeira fase de retoma da actividade desportiva, a Federação Portuguesa de Ciclismo deu prioridade ás provas mais individualizadas, surgindo daí esta primeira edição do Campeonato Nacional de BTT-XCE (Eliminator), que sendo disputado numa primeira fase de apuramentos para as semi-finais e finais através de um contra-relógio individual e depois com apenas quatro corredores em pista em cada uma das meias finais e finais, foi de encontro à necessidade de evitar grandes ajuntamentos a que estamos sujeitos desde há vários meses.
Quanto à prova em si, esta foi disputada no circuito permanente de Tamengos, localidade próxima da zona termal da Cúria, com um percurso desenhado com cerca de 1300 metros para esta prova de XCE.
Sendo um tipo de prova novo para a quase totalidade dos participantes, todos tiveram de se adaptar. De minha parte, esta foi a segunda experiência nesta vertente, que havia experimentado há alguns anos atrás num evento disputado em Vila do Conde.
No contra-relógio consegui alcançar o segundo registo na tabela de tempos entre os Master 40, conseguindo apurar-me para uma das meias-finais, onde depois consegui o apuramento para a final, disputada entre mim, o Miguel Ribeiro (Póvoa de Varzim/CDC Navais), o Afonso Ferreira e o Marco Anacleto (Strix Bike Team).
Entretanto já na parte final do percurso, na aproximação ao Rock-Garden o Marco cometeu um erro e seguiu pela alternativa, o que me deixou caminho livre para agarrar a segunda posição e conserva-la até ao risco de meta, onde o Miguel Ribeiro venceu e o Afonso Ferreira, que também aproveitou o erro do Marco Anacleto, que na sequência do erro ainda acabou por ter uma ligeira queda, para segurar a medalha de bronze.
Foi uma boa tarde de corridas, com disputas bem interessantes e cheias de adrenalina, mas foi principalmente muito bom poder rever amigos e voltar a colocar o dorsal e alinhar numa corrida depois de tanto tempo de ausência.
Espero que agora, apesar de todos os cuidados que obviamente todos temos de ter, as coisas recomecem a entrar na sua normalidade e mais provas se possam realizar, sendo a próxima no próximo dia 12, marcando o regresso da Taça de Portugal de XCO, em Guimarães.
Resumo em video UVP-FPC
Classificação Master 40
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