Foto: UVP-FPC |
A temporada de Ciclocrosse está prestes a entrar na segunda metade do calendário e em Bragança tivemos a terceira das cinco provas da Taça de Portugal.
Foi numa manhã de bastante frio e com alguma chuva que disputamos esta corrida, num circuito que tal como no ano passado se apresentou bastante escorregadio nalgumas zonas.
Foto: Clara Moura |
Ainda antes de falar da minha corrida propriamente dita, gostava de deixar um pensamento sobre uma situação que vou verificando nas corridas no nosso país, que julgava que com o passar dos anos, com a experiência de todos os intervenientes na modalidade, e com a cada vez maior divulgação de imagens das melhores provas internacionais que semana após semana nos chegam, iria mudar, mas que infelizmente vejo repetir-se sucessivamente, em prejuízo, na minha opinião, de um melhor espectáculo que o Ciclocrosse é capaz de nos dar. Falo concretamente da construção dos circuitos.
Todos nós adoramos ver as corridas belgas, holandesas, checas, suíças, francesas... Provas onde realmente "se anda", claro que muito porque os intervenientes em pista são de grande qualidade, mas também porque têm um "palco" à altura, que não "obriga" a corridas "acanhadas" e na "retranca" por falta de espaço para haver uma prova de constante ataque.
Foto: UVP-FPC |
Se em Santo Tirso já se tinha verificado um pouco essa situação, em Bragança tal agravou-se ainda mais, e seguramente não foi por falta de espaço nos recintos onde as provas se disputaram.
Três metros é a largura MINIMA que o regulamento da modalidade exige para um circuito de Ciclocrosse, mas se este tiver quatro, cinco ou mais, garanto-vos que o espectáculo será ainda maior, pois deixaremos de ter corridas de "filinha indiana", de constante trajectória única, onde é difícil fazer uma ultrapassagem, para haver uma prova mais aberta, com mais velocidade em pista e isso é bom para todos! Para quem vê a corrida, que tem um melhor espectáculo, e para quem está em cima da bicicleta, que seguramente se diverte ainda mais!
Fica o meu desabafo...
Quanto à minha corrida, não fiz um bom arranque, mas aos poucos fui conseguindo recuperar posições, chegando à liderança pouco depois, mas infelizmente tive um pequeno percalço com o guiador da bicicleta que forçou a duas passagens pela zona técnica para trocar de bicicleta e com isso atrasei-me bastante nas duas primeiras voltas.
Foto: Cristina Sousa |
Resolvida a situação consegui encontrar um bom ritmo e aos poucos fui recuperando posições e tempo para o líder, José Pazos, que ia bastante forte. Consegui alcança-lo já dentro da volta final e aproveitando um erro dele na entrada da primeira das duas escadarias, passei para a frente e daí em diante dei o máximo até à meta, vencendo e reforçando assim a liderança no ranking da Taça de Portugal.
O José Pazos (CC Chantadino) foi então segundo e o Campeão Nacional, Afonso Ferreira chegou na terceira posição.
Fica o agradecimento ao Paulo Silva pela ajuda fulcral no momento em que se deu o problema com o guiador e ao staff da grande equipa Rompe Trilhos / Ajpcar, sempre incansável no apoio motivacional ao longo da prova! Obrigado Cristina e Clara!
Após a disputa das três primeiras provas, a Taça de Portugal de Ciclocross regressa apenas em Dezembro. Até lá, damos inicio à Superliga de Ciclocrosse da Associação de Ciclismo do Porto, já no próximo fim de semana, em Matosinhos.
Classificação Master 40
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